Terapias pela Arte

A atenção a nossa saúde mental pode ser feita com gestos simples, mas que possuem um gigante significado. Aquarela, Argila e Mandalas dão suporte para os trabalhos artísticos nos workshops e no próprio espaço Terapeuticum Antígona.

Na terapia artística antroposófica a pintura está relacionada ao sistema rítmico (respiração e circulação) onde está a esfera dos nossos sentimentos e emoções – a vida anímica. Atuando principalmente através das cores, a pintura é a técnica que ajuda a alma à “respirar”.

No ato de pintar, a alma é tocada pelas cores. Nesta atividade, além das indicações terapêuticas corretas, é também importante o elemento do prazer e do entusiasmo. Essa motivação interior reanima as a forças vitais, ou seja, provoca uma revitalização de todo o organismo e uma melhora das funções glandulares.

O universo cromático representa de forma objetiva a alma humana. Através da teoria das cores de Goethe, observamos no espectro do arco-íris a totalidade: entre o claro e o escuro tem-se o caminho das cores (cada qual com a sua característica) que se intensificam e se complementam em harmonia.

Os benefícios da terapia com pintura:

Pintar numa tela, no papel ou em qualquer superfície que nos permita expressar pode ser uma forma de demonstrar sentimentos e pensamentos para pessoas que precisam se comunicar, mas não conseguem fazer isso de outra forma. É um tipo de terapia alternativa e natural que pode ter muitos benefícios, como por exemplo:

Melhora a comunicação

Aquelas pessoas que começam uma terapia com pintura costumam ser tímidas e retraídas, tendo dificuldade em se comunicar com a sua família e até mesmo com os seus terapeutas. No entanto, essas pessoas são capazes de libertar a sua criatividade e expressar sentimentos e emoções com a pintura.

    “Não se trata de pintar a vida, trata-se de fazer viva a pintura”.    -Paul Cézanne –

Aumento da autoestima

Quando a terapia com pintura se realiza em um ambiente amigável, relaxado e agradável, um paciente pode alcançar grandes realizações pessoais incentivado pelo psicoterapeuta, e isso irá fortalecer a sua autoestima. Este ponto pode ser importante para pessoas com problemas de codependência ou traumas, e que precisam fortalecer a autoestima e aprender a se amar e a se valorizar.

O Uso do Barro Em Psicoterapia

O trabalho com o barro é profundamente eficaz no processo terapêutico. É muito maleável e simples de utilizar. É o melhor material para sentir o processo de criação.

A modelagem em argila é o maior representante artístico das tradições culturais de um povo. O barro pode ser considerado como o material mais primitivo que conhecemos, A bíblia nos conta que Deus fez o homem a partir do barro: “ O Senhor Deus formou pois, o homem do barro da terra…” (Gênesis)

A argila é fria, maleável, faz sujeira mas torna-se atraente em qualquer idade. Oferece experiência tátil, e cinestésica favorecendo crianças com problemas motores e perceptuais. Como é capaz de transformar-se através da manipulação, seja amassando, esticando, espremendo, ou socando, tem uma qualidade sensual que faz uma ponte entre sentidos e sentimentos.

O trabalho com a argila pode ser sempre refeito, consertado, enquanto ainda úmido, contribuindo para o desenvolvimento da auto estima e auto confiança. É matéria viva, alimentadora da fantasia criadora e incentivadora do espírito criador.

O barro propicia uma vivência do primitivo; o toque e o seu manuseio trazem uma sensação acolhedora de maleabilidade já que vai moldando-se conforme a sua vontade. Também há uma resposta do material frente ao toque pois o barro, na medida em que vai sendo trabalhado, absorve a temperatura da pessoa, mudando assim, sua temperatura inicial.

A argila promove a manifestação ativa dos processos internos mais primários porque proporciona fluidez entre material e manipulador, como nenhum outro. Através dela tem-se uma sensação de controle e domínio sobre aquilo que se produz, podendo-se remanejar, construindo e desmanchando os objetos, sem regras específicas e definidas para o seu uso. Não se comete erro ao trabalhar com argila. É fácil.

A terapia com mandalas promove benefícios para tratamentos psicoterápicos.

O Mandala trabalha a pessoa nos aspectos: físico, emocional e energético. No aspecto físico promove bem-estar, relaxamento e previne o estresse. Emocionalmente, os Mandalas pessoais podem trabalhar conteúdos oriundos de emoções antigas, atuais ou futuras, pois o trabalho com Mandalas sinaliza eventos que aconteceram, os que estão ocorrendo e os quer estão para acontecer.

Energeticamente o Mandala equilibra os corpos sutis e suas energias peculiares.

Quando se desenha Mandalas pessoais terapeuticamente é comum acontecer surgirem memórias passadas que são colocadas no desenho sob forma de impressões sutis, que só será percebida por quem souber fazer a leitura das impressões sinalizadas pelo inconsciente de quem está desenhando. A leitura dessas impressões se faz por meio do traço, da forma, das cores, dos símbolos, das marcas e vários outros aspectos que podem surgir quando se faz um Mandala pessoal.

A mandala é um tipo de representação geométrica, que simboliza a relação do homem com o cosmos. Acredita-se que a utilização da mandala possibilita um retorno a um espaço sagrado. Ela é muito usada no tantrismo (um tipo de crença filosófica). Sua imagem é formada por círculos, quadrados e figuras geométricas, formando uma imagem maior, que simboliza o mundo, servindo como um instrumento de meditação.

No campo das artes, a mandala representa uma fusão de cores dentro de um objeto. Essa prática exige bastante concentração e atenção. São feitos inúmeros desenhos com mandalas, inclusive obras de arte. Ela é encontrada na arquitetura, um exemplo disso é a parte superior da Catedral de Brasília.

 

Por ser um exercício que requer concentração, ela é utilizada para fins terapêuticos que envolvem processos de meditação. A utilização da mandala na arteterapia é muito apreciada e reconhecida por psicólogos e terapeutas.